terça-feira, 17 de maio de 2011

Expedição ao Rio Floriano Peixoto e Rio Silva Jardim no PNI - Parque Nacional do Iguaçú

Neste final de semana (12 a 15/05/2011) tive o privilégio, junto com o Woldi, meu inseparável amigo e parceiro de aventuras, de realizar a tão esperada e sonhada expedição ao interior do Parque Nacional do Iguaçú.

Há muito tempo atrás, num programa de TV, me chamou a atenção uma expedição realizada por pesquisadores sobre um rio que tinha o título de mais puro do Brasil. Para minha surpresa, esse rio estava praticamente a porta de minha casa. Seu nome é Rio Floriano Peixoto ou somente, rio Floriano.

Isso fez com que criasse um interesse e também a expectativa em estar nesse local.

De início, a parte burocrática, porém extremamente necessária, foi a mais complicada: conseguir a autorização para adentrar ao parque.

Autorização concedida, vamos aos preparativos. Numa ligação a campings da região, descobrimos que existia também outro rio, o Silva Jardim ou, Silva como é chamado na região. Esse último, apenas cruza o parque no sentido norte/sul. Ele nasce no município de Santa Tereza do Oeste e adentra ao parque em Ceu Azul. Sua foz é no rio Iguaçú no limite do parque no município de Capanema.

Já o rio Floriano Peixoto - o rio mais puro do Brasil - tem esse título pelo fato de, desde sua nascente até sua foz, não haver nenhum contágio de suas águas pelo homem, já que ele nasce e morre dentro do PNI. 

Nossa autorização foi de adentrar pela foz dos rios Floriano e Silva até a primeira corredeira. No Rio Floriano, ela está há 8km e no rio Silva, 6km. Não poderíamos sair do rio em nenhum momento a não ser nas próprias corredeiras, quando encontradas e a subida além da área pré-definida estava completamente proibida, para nossa tristeza.


Infelizmente, o que constatamos é que, mesmo com a "proteção" do parque, não são caçadores, visitantes ou poluição que está causando a modificação do ambiente ao redor de sua foz. A usina hidroelétrica Governador José Richa oscila o nível do rio Iguaçú em torno de 50cm diariamente. Com isso, seus afluentes perto da foz é represado e suas margens são diariamente "lavadas" fazendo que o processo de assoreamento e consequente exposição das raízes das árvores acelere o processo de literal desabamento das árvores. São muitas e muitas gigantes árvores caídas dentro dos rios. 


Aí entendemos por quê nossa entrada foi autorizada até a primeira queda d'água. Acima delas, realmente os rios estão intocáveis.

Ao todo, foram 38,4km de remo rio acima e abaixo mais 12km de barco.


Mas enfim, tivemos o privilégio de explorar parte de seu curso. O resultado, foram inúmeras lembranças registradas nas fotos mostradas a seguir.

 Foto de satélite dos Rios Silva Jardim e Floriano Peixoto no PNI
 
Primeiro dia - Quinta-feira - A chegada

Segundo dia - Sexta-feira - Subida e descida a remo (caiaque) até última corredeira do rio Silva Jardim (6km)

































Terceiro dia - Subida ao Rio Floriano Peixoto - O Rio mais Puro do Brasil



























































 
Quarto dia - O retorno